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ARCO E FLECHA

O tiro com arco é popularmente conhecido como arco e flecha. Há cerca de 30 mil anos, a prática era utilizada como método de caça. Depois, passou a ser uma arma de guerra muito importante, empregada constantemente nas frentes de batalha dos grandes exércitos.
A importância do arco e flecha em combates sempre foi grande. Inclusive, os povos que melhor desenvolveram suas habilidades com o instrumento sempre tiveram vantagens militares sobre seus inimigos.
A força do arco, porém, diminuiu com o surgimento das armas de fogo. Assim, com o passar dos séculos, a prática passou a ser apenas uma forma de diversão e exibição dos homens. Durante a Idade Média, diversos clubes de arqueiros foram criados na Europa.
![]() Imagem cedida pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco |
A partir daí, a modalidade se espalhou por outros países e continentes, e em 1828 foi fundado o United Bowmen, o primeiro clube de arqueiros dos Estados Unidos.
A primeira aparição do arco e flecha em Jogos Olímpicos aconteceu na edição de 1900, em Paris. Consta que a inclusão do esporte no programa foi uma espécie de homenagem ao guerreiro Hércules, considerado o primeiro arqueiro da história.
A disputa foi travada até 1920, quando a modalidade saiu do programa oficial dos Jogos. O tiro com arco só voltou ao programa olímpico, desta vez de maneira definitiva, em 1972, em Munique, na Alemanha.
Regras
O objetivo de uma competição de tiro com arco é acertar as flechas o mais próximo possível do centro do alvo para somar o maior número de pontos ao final da disputa.
Na fase classificatória, os competidores ficam lado a lado na linha de tiro. O campo de prova deve ter 90 m de comprimento. Entre os homens, são feitas quatro séries de 18 tiros, com o alvo a 90 m, 70 m, 50 m e 30 m de distância. Já as mulheres disparam o mesmo número de flechas em quatro séries, com o alvo a 70 m, 60 m, 50 m e 30 m. Classificam-se os atletas que pontuarem mais (os limites mínimo e máximo de pontos necessários variam de acordo com o torneio).
![]() Imagem cedida pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco |
Na segunda etapa da competição, os arqueiros disputam entre si em provas eliminatórias. Nesse caso, a distância do alvo deve ser sempre de 70 m. O número de participantes nessa fase também varia de acordo com o torneio.
Local, táticas e equipamentos
As provas de tiro com arco podem ser disputadas em três tipos de locais: campo aberto e plano (outdoor), ginásio coberto (indoor) e campo aberto e irregular (field). Em todos os casos, as regras e distâncias são as mesmas.
Um espaço para prática do tiro com arco deve ter 110 m de comprimento (sendo 90 m para o tiro e 20 m para a zona de segurança, que fica atrás dos competidores), com a largura ligada ao número de raias do campo. Cada raia deve ter 4 m de largura.
Ao lado da linha de tiro, deve haver uma luneta, que auxilia os arqueiros a visualizarem os alvos antes do disparo da flecha.
![]() Imagem cedida pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco |
Táticas
Assim como no tiro esportivo, a concentração e a precisão são elementos fundamentais na versão com arco. A diferença é que, como os alvos não ficam em exibição por pouco tempo, como na outra modalidade, a precisão do arqueiro é ainda mais importante.
Além disso, o arco faz a diferença para o competidor. Como não há limitação de tamanho, o atleta pode usar qualquer um que se adapte mais às suas condições físicas, de modo que a qualidade dos tiros não seja prejudicada.
Equipamentos
Existem três tipos de arco no esporte: o tradicional, o recurvo e o composto. O tradicional é o mais simples, feito de madeira e sem nenhum tipo de auxílio na força imposta pelo arqueiro.
Já o recurvo é o utilizado nas Olimpíadas. Suas principais diferenças para o tradicional são a alça de mira e estabilizadores. Suas lâminas são curvadas, para melhorar o rendimento em tiros de distância maior.
O arco composto, por sua vez, é o mais diferente dos três. Ele conta com um sistema de roldanas que auxiliam no lançamento da flecha. Permite mais conforto na hora do disparo e ainda contém mira telescópica.
As cordas de todos esses arcos são feitas de material sintético. As flechas podem ser de madeira, mas normalmente são constituídas por alumínio e fibra de carbono. Existem também os estabilizadores, que são acessórios de fibra de carbono que servem como contrapeso à força da flecha.
Para o atleta, dois equipamentos de segurança se destacam: a dedeira e o protetor de braço. Ambos são auto-explicativos. O primeiro protege os dedos da mão que segura a flecha e permite que a mesma deslize de maneira suave. Já o segundo protege o antebraço do choque da corda.
O alvo é uma folha de papel demarcada com dez círculos concêntricos enumerados de um a dez, sendo que a pontuação mais alta fica no centro. Cada dois círculos do alvo são marcados por cores: os dois mais centrais são amarelos, os seguintes, vermelhos, azuis, pretos e, finalmente, brancos.
Curiosidades
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O personagem Robin Hood, lenda inglesa criada há 700 anos, é um dos maiores “incentivadores” do tiro com arco no mundo. Muitas crianças têm seu primeiro contato com a modalidade por meio das histórias contadas sobre o “bom ladrão”.
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Outra história famosa envolvendo o arco e flecha é a de Guilherme Tell. Suíço, ele teria sido obrigado por um tirano, no início do século XIV, a atirar com uma besta (espécie de arco medieval mais pesado) contra o seu filho, tentando acertar uma maçã posicionada em cima de sua cabeça.
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alem do esporte o arco e flecha remonta as trajetorias dos grandes guerreiros orientais que tinham nessa pratica a arte de dominar a si mesmo no controle de suas mentes meditação zen ( ler A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen)
Fonte:HowStuffWorks